A escassez de mão de obra qualificada é um fator ainda presente nas indústrias brasileiras. Setores específicos da construção civil e da tecnologia da informação, por exemplo, carecem de profissionais mais qualificados. Mesmo na atual crise econômica mundial, a demanda por trabalhadores capacitados é crescente no país. E para suprir essas lacunas, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) vem trazendo o que há de melhor no ensino técnico-profissionalizante no Brasil. Mas não basta apenas dizer isso. Por isso, a instituição criou o Sistema de Avaliação da Educação profissional e Tecnológica do SENAI (SAEP), uma espécie de ENEM do ensino técnico.

O SAEP é uma avaliação realizada com base nas competências previstas nos perfis profissionais nacionais dos cursos, que significa diagnosticar o grau de desenvolvimento das capacidades básicas, técnicas e de gestão conforme os parâmetros estipulados na metodologia SENAI de Educação Profissional. A prova é realizada em âmbito nacional em cursos técnicos de nível médio pré-selecionados.  Em 2014, 24 departamentos regionais participaram e foram avaliados dois cursos: técnico em administração e técnico em eletroeletrônica. Em Sergipe, sete turmas participaram dessa avaliação, totalizando 152 alunos. E nosso Estado conquistou resultados excelentes.

Sergipe foi o primeiro lugar geral na avaliação SAEP 2014. Um reconhecimento ao trabalho realizado por toda equipe do SENAI em nosso estado. O dado mais relevante mostra que Sergipe tem 90% dos seus alunos nesses cursos em um excelente nível, ou seja, prontos para adentrar o mercado de trabalho em qualquer parte do país. No curso Técnico em Administração, o DR/SE ficou em segundo lugar. Já na modalidade Técnico em Eletroeletrônica, repetiu-se a posição anterior com mais de 90% de aproveitamento da prova. Em ambos os casos, a média sergipana ficou muito acima da média nacional.

Motivo de orgulho e da busca pela melhoria incessante da didática  e estrutura oferecida pelo SENAI em Sergipe, a avaliação SAEP mostra que se está no caminho correto. Sinaliza que apesar de menor estado da Federação, o bom trabalho pode colher bons frutos para a instituição e, por consequência, para o desenvolvimento da indústria brasileira como um todo.