25/11/2014
O Brasil emprega cerca de 80 mil trabalhadores na indústria naval brasileira. Porém, nota-se ainda uma grande carência de mão-de-obra qualificada devido a falta de interesse das pessoas com relação ao segmento.
Mas não foi isso que a primeira turma a ser formada no curso Técnico em Construção Naval pelo Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) mostrou durante a apresentação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) ao presidente da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe, Eduardo Prado de Oliveira, e ao diretor regional do SENAI, Paulo Bergamini. O interesse e a expectativa pelo emprego na área são grandes.
O presidente conferiu o sistema de propulsão e governo de uma embarcação (em escala reduzida) criado e elaborado pelos próprios alunos sob orientação do professor Irenilton Barroso e co-orientação da professora Flávia Cruz.
Motivado pelo retorno financeiro mais rápido, o aluno Iago Simões representou a turma na apresentação e disse estar preparado para o mercado de trabalho e que pretende fazer engenharia naval logo em breve.“Hoje no mercado nacional o curso técnico é muito bem visto, é um tipo de curso que você acaba tendo um retorno mais rápido tanto na empregabilidade quanto financeiramente e isso foi o que me motivou”.
“Desde o início de curso que nós vinhamos fazendo o planejamento desse projeto junto com os alunos para desenvolver e traçar as metas do decorrer do curso. A atividade da indústria naval em Sergipe não é tão aquecida, porém, muitos alunos que fizeram o curso de montador naval aqui no estado já estão empregados fora do estado de Sergipe, pois a demanda no sul do país já é bem maior”, explica o professor Irenilton.
O egresso do curso da área naval atua na construção de embarcações, soldagem e manutenção de estruturas navais e estruturas hidroviárias, escolhendo os materiais, controlando os custos e empreendendo a segurança e qualidade dos barcos e navios. O técnico em construção naval pode encontrar oportunidades em companhias de navegação, administradoras de hidrovias e estaleiros.
Até 2017 serão gerados mais 25 mil novos empregos, com um investimento de US$ 100 bilhões de dólares até 2020 segundo estimativas do Sindicato Nacional da Indústria de Construção Naval e Reparação Naval e Offshore (SINAVAL). Os estaleiros brasileiros criam empregos em diversas regiões do país, construindo para oito segmentos do mercado: navios de apoio offshore; rebocadores portuários; navios graneleiros; comboios fluviais; navios porta contêineres; navios petroleiros; plataformas de produção de petróleo e sondas de perfuração.